Os sons do português brasileiro: abordagem fonética

Linguagem e sociedade estão ligadas entre si de modo inquestionável. Qualquer língua, falada por qualquer comunidade, exibe sempre variação. A diversidade da língua não deve ser encarada como um problema, mas como uma qualidade constitutiva do fenômeno lingüístico.

De uma perspectiva geral, podemos descrever as variedades lingüísticas a partir de dois parâmetros básicos: a variação geográfica e variação social.

A variação geográfica está relacionada às diferenças lingüísticas no espaço físico, observáveis entre falantes de origens geográficas distintas. Exemplos: o uso de vogais abertas [mE’ladu] (no Nordeste) e uso de vogais fechadas [me’ladu] (no Sudeste).

A variação social, por sua vez, relaciona-se a um conjunto de fatores que têm a ver com a identidade dos falantes e também com a organização sociocultural da comunidade de fala. Nesse sentido, podemos apontar os seguintes fatores relacionados às variações de natureza social:

a) A classe social

b) idade

c) sexo

d) profissão

e) situação ou contexto social

Asa Branca - Luiz Gonzaga/ Huberto Teixeira

Quando oiei a terra ardendo
Quá foguera de São João
Eu preguntei a Deus do céu, ai
Pur que tamanha judiação?

Qui braseiro, qui fornaia
Nem um pé de prantação
Pru farta d’água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão.

Inté mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
Entonce eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
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Pisa na Fulo- João do vale

Um dia desse fui dançá lá em Pedreira
Na rua da Golada e gostei da brincadeira
Zé Caxangá era o tocador
Mas só tocava pisa na fulô
Pisa na fulô, pisa na fulô BIS
Pisa na fulô, não maltrata meu amô

Seu Serafim cuchichava mas vió
Sô capaz de jurá que eu nunca vi forró mió
Inté vovó garrô na mão de vovô
Se bora, meu veinho, pisa na fulô
Pisa na fulô, pisa na fulô...
Eu vi menina qui nem tinha doze ano
Agarrá seu par, também sair dançando
Satisfeita e dizendo
Meu amô, ai como é gostoso pisa na fulô
Pisa na fulô, pisa na fulô...
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Moreninha linda - Silvio Lênio

“Agora com vocês: Silvio Lênio, o ‘Tontinho do Brega’, ao vivo!”

Ô que moreninha linda, lindo é o teu rebolado.
Dá uma giradinha, vem comigo dançar e acompãe meu caquiado.
Acompãe meu caquiado.
Caquiado, caquiado, caquiado,
Acompãe meu caquiado.
Caquiado, caquiado,
Acompãe meu caquiado.
Caquiado, caquiado, caquiado,
Acompãe meu caquiado.

Ô que moreninha linda, lindo é o teu rebolado.
Dá uma giradinha, vem comigo dançar e acompãe meu caquiado.
Caquiado, caquiado,
Acompãe meu caquiado.

Está cheio, está cheio este salão.
A gente só vai embora quando ir embora a multidão.
E pra compretar tá chegando o seresteiro
com “sonfona”, teclado, viola e violão.

Segura “coquin”, a morena!

Ô que moreninha linda, lindo é o teu rebolado.
Dá uma giradinha, vem comigo dançar e acompãe meu caquiado.

Por: Gabriela Suarez (eu, rsrs)